A Federação Nacional das Associações de Feirantes (FNAF) reuniu-se hoje com o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, para dar conta da insegurança que envolve os ourives que vendem ouro nas feiras, actividade que tem muita tradição no país, principalmente no Norte e Centro.
Segundo a FNAF, a grande maioria destes vendedores ambulantes já foi assaltada durante a deslocação.
No final da reunião, a advogada da FNAF, Carla Madeira, disse à Lusa que o ministro da Administração Interna se comprometeu em elaborar um manual de boas práticas para ser distribuído junto dos ourives
O manual - segundo Carla Madeira - integrará normas e conselhos que devem ser seguidos por estes profissionais.
Ter o número da polícia sempre presente, não fazer diariamente o mesmo percurso, vigiar as cargas e as descargas e como reagir perante determinada situação são alguns dos conselhos presentes no manual.
Além do manual, Rui Pereira também adiantou aos responsáveis da federação que os polícias do Norte e das Beiras, zonas mais afectadas, vão estar «mais próximos» dos ourives.
A advogada da FNAF sublinhou que «o reforço policial» passa pela troca de informação e por uma maior interacção. As forças policiais vão também passar a conhecer os ourives que vendem ouro nas feiras, disse, sublinhando que estas medidas vão ser concretizadas brevemente.
Os responsáveis pela FNAF mostraram-se satisfeitos com os resultados da reunião.
A FNAF está preocupada com o que considera uma «onda» de assaltos que tem vitimado os ourives que vendem ouro nas feiras, situação que está a levar muitos destes profissionais a abandonar a actividade ou a dedicarem-se à venda de outros produtos nas feiras, segundo o presidente da federação, Fernando Sá.
Segundo o dirigente, os assaltos ocorrem sobretudo ao início da manhã, por volta das seis horas, quando estão a dirigir-se para as feiras ou na viagem de regresso, sendo poucos os roubos que acontecem durante os mercados.
Lusa/SOL